25/01/2012

Quem disse que ballet não é para homens?

Olá pessoal, tudo bem?? Li um texto que me chamou bastante atenção, sobre homens que fazem ballet. O preconceito sobre este assunto é enorme, isto é visível ainda mais em nossa região onde o Ballet está tomando lugar aos poucos, depois que Ballet for mais reconhecido em RO talvez um dia as pessoas entendam o que é, como é, e o resultado..aii um dia quem sabe um dia paremos com esse velho preconceito com bailarinOS. Fico lembrando de minhas alunas: "Tia, menino pode fazer ballet?" É claro que pode!! O ballet se tornou um esporte "feminino" quem faz é = homosexual..as pessoas vêem assim,as crianças vêem assim, e não sou eu que estou inventando..ouço sempre!! Faço de tudo pra contar como surgiu.." que quem inventou foi um homem.." histórias que elas possam compreender!! O que nos resta é conscientizar nossos alunos, e as pessoas que nos cercam. Então retirei este texto da internet, do facebook de uma professora em SP e achei interessante demais.. leiam!!

"BALLET PARA MENINOS


Preconceito? Que besteira!


Fala sério: essa história de que lugar de menino é jogando futebol, lutando boxe ou judô é uma questão de puro preconceito. O famoso filme Billy Elliot conta a história de um menino de 11 anos que resolve trocar justamente o boxe pelo balé, e para isso tem que enfrentar o seu próprio pai, os preconceitos e as convenções sociais. O filme é mais um caso em que a ficção reflete a realidade. 

Muitos jovens bailarinos sofrem preconceitos das suas próprias famílias e da sociedade. Os casos vão desde pais que não aceitam que a dança seja algo de grande importância na vida dos filhos, até aqueles que fazem aulas escondidas da família para não serem repreendidos. 

Marcelo Mourão Gomes, brasileiro nascido no Amazonas, é integrante do famoso American Ballet Theater, de Nova Iorque, desde 1997 e o principal bailarino desde 2002. Até chegar à fama, Marcelo suou bastante. Durante a sua infância, sofria descriminação na escola até por parte de alguns professores. Porém, agora que está famoso cultiva o sonho de criar uma escola de balé exclusiva para meninos com o objetivo de vencer o preconceito. 

Afinal, que mal tem meninos dançarem balé? É incrível como em um século no qual tudo foi evoluindo, os rapazes ainda sofram preconceito por optarem pela arte da dança clássica. Muitas vezes esse preconceito acaba inibindo meninos talentosos. A maior prova disso é a quantidade de bailarinos no mercado. São pouquíssimos! As próprias bailarinas afirmam que a escassez de bailarinos dificulta a montagem das peças e apresentações.

O mais interessante é que a profissão de bailarino surgiu na época do Renascimento (final do século XVII e início do XVIII) e tinha como função principal a educação corporal da nobreza, que foi essencialmente masculina. No início, a discriminação era com as mulheres. Geralmente as que eram selecionadas para a profissão vinham de classes mais baixas. Com o tempo e a possibilidade das mulheres participarem dos espetáculos, os papéis femininos foram ganhando sua devida importância e os homens foram se afastando do balé, devido às oportunidades de trabalho em outros setores.
Talento brasileiro 

Com o apoio dos pais que sempre acreditaram no seu potencial, Marcelo Gomes nunca deu ouvidos às provocações que sofria quando era criança. Chegou a ensaiar até seis horas diárias, e por isso sua professora Dalal Achcar, diretora do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, enviou uma carta à escola onde estudava, pedindo que o menino fosse dispensado das aulas de Educação Física, o que fez com que a escola chamasse seus pais indicando a necessidade de um psicólogo. O pedido foi ignorado pelos pais. 

O interesse pela dança começou quando Marcelo ia buscar a irmã nas aulas de balé, na companhia da babá. Pouco tempo depois ingressou na academia de dança aos sete anos, e aos 13 foi estudar nos Estados Unidos. Daí em diante o balé virou uma prioridade na sua vida. Sua infância foi corrida, geralmente almoçava no carro ou no ônibus, no intervalo entre o colégio e a academia de dança. Ele diz que a ajuda da família foi fundamental para decidir seguir essa carreira. 
Marcelo mora atualmente em Nova Iorque. Apesar de colocar a sua vida pessoal em segundo plano, ele tem uma vida afetiva normal. Todo o seu sacrifício começou a ser recompensado quando dançou na sede da Ópera de Paris, onde estudou durante um tempo. Em seguida, foi contratado pela companhia americana. Por causa das apresentações com o ABT, e as participações especiais como convidado em outras companhias de dança, Marcelo já viajou por vários países e hoje é um exemplo para os meninos que têm vontade de dançar, mas que têm medo do preconceito. 

Meninos bailarinos 

Além de arte, a dança é um rico exercício que traz também uma consciência corporal muito grande. Mas o preconceito ainda é uma barreira para os que querem começar na carreira. Às vezes, mesmo com recursos financeiros para um bom curso, os pais se recusam a pagar uma escola de dança. 

A Associação de Benfeitores e Amigos dos Meninos Bailarinos-Atores (Abamba), de Campinas, São Paulo, é um projeto mantido através de doações e contribuições de seus membros. Todos os integrantes são voluntários. Atualmente são realizadas dez aulas por semana de balé clássico, dança de rua, teatro e circo. O objetivo é dar uma formação eclética para que os alunos possam se apresentar tanto em companhias de balé clássico quanto em companhias de dança contemporânea. 

Além disso, a Abamba oferece aos meninos alimentação, transporte, roupas específicas para as aulas de dança, aulas de reforço escolar e uma cesta básica mensal para auxiliar as famílias. O projeto, que começou apenas com um propósito artístico, hoje também tem um propósito social. O trabalho resgata a auto-estima dos garotos que chegam sem nenhuma perspectiva. 

Há exemplos muito legais também de dois meninos moradores de favelas do Rio de Janeiro. Eles conseguiram mudar seus destinos e se consagraram no balé clássico. Wellington Gomes, morador da Favela da Maré, virou solista do Teatro Municipal e ajuda a sustentar a família que antes o discriminava pela sua escolha. 

Reginaldo Oliveira, também morador da Maré, venceu um concurso internacional e foi chamado para estudar na famosa escola do Balé de Bolshoi. Além da favela onde se criaram, esses meninos têm em comum a vontade de fazer o que gostam e vencer os preconceitos. 


ESTAMOS INICIANDO UM PROJETO EM 2012 QUE INCENTIVARÁ MENINOS A PARTIR DE 8 ANOS A INICIAREM O CURSO DE BALÉ CLASSICO, EM BREVE POSTAREMOS DETALHES AQUI. OS INTERESSADOS JÁ PODEM SE MANIFESTAR"



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Depois dessa, tô indo pra Cacooaal!! =D 
Beijoks a todos!

Talita

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